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O BLOCO

DA LAMA

CONHEÇA O BLOCO DA LAMA E O CONCEITO DO BLOCO DENTRO DO CARNAVAL

É interessante olharmos para a arquitetura colonial de Paraty e viajarmos no passado e todas as histórias que rondam cada esquina do Centro Histórico, mas não podemos esquecer que a cidade sempre está em movimento. Seja de turistas ou moradores e justamente no Carnaval de 1986 temos um marco nesse aspecto. Ano em que dois amigos, alguns dias antes do carnaval capturavam caranguejos artesanalmente no mangue do Jabaquara a 2Km do Centro.

 

Passando lama por todo o corpo para protegerem-se de mosquitos, muriçocas e mutucas e mais uma variedade de insetos que encontram-se no mangue perceberam o quanto ficaram irreconhecíveis. Surpreendendo tanto as pessoas do local como até turistas que ficaram tão surpresos como assustados após convidarem alguns amigos e desfilarem pelo Centro Histórico de Paraty cobertos de lama e ornamentos naturais, essa impressão causada por uma simples brincadeira de dois amigos acabou virando uma tradição carnavalesca de Paraty.

 

O bloco já foi manchete de grandes jornais do país como O DIA, FOLHA DE SÃO PAULO E O GLOBO. Em fevereiro de 2002 foi matéria do JORNAL NACIONAL na REDE GLOBO. Em 2001 a revista Quatro Rodas realizou um ensaio fotográfico com alguns componentes do bloco para o lançamento da Mercedez Classe A.

 

Em seu primeiro ano (1986) o bloco já começa por relacionar-se a causa ambiental, quando membros do bloco caracterizados e enlameados tomaram parte no protesto contra a Usina Nuclear de Angra 2, apresentando-se como vítimas do vazamento nuclear na usina de Chernobyl, da então União Soviética. Com participação inclusive da atriz Lucélia Santos e do cientista Luiz Pinguelli Rosa os organizadores impressionaram-se com a criatividade do bloco que chegou a ter mais de 2.000 integrantes, sendo até então o maior da cidade. Devido a este crescimento campanhas de conscientização foram um aspecto importante do bloco e seus organizadores a respeito da limpeza da cidade assim como em relação àqueles que não participam do bloco. Os adereços são em grande parte extraídos do próprio mangue de forma responsável e ecologicamente correta. O tradicional ''banho de lama'' acontece quando o grupo segue da praça da Matriz ou do Centro para o Jabaquara e aí entram interessantes ornamentos como a barba de velho(planta epífita muito comum na região), cipós e ossos, o que dá uma caracterização que nos remete diretamente a homens pré-históricos. ''O barato é sair no bloco e não entrar depois e sair enlameado'' afirmam os organizadores e assim, é só seguir o andor de bambu que carrega algumas caveiras de boi, devidamente ornamentadas e soltar seus instintos mais primitivos. ''UGA, UGA, RÁ, RÁ''. Não menos importante é dizer que essas ''figuras pré-históricas'' já estiveram presentes na tese de doutorado da pesquisadora Maria Sasso Papa, da USP em 1991 referindo-se ao bloco como ''a maior manifestação teatral ao ar livre'' realizada no Brasil.

 

Importante trazermos a ideia de que o bloco cumpre um importante papel na formação da consciência ecológica dos participantes, trazida pelos organizadores Congá, Marcelo e Niltinho. Assim, temos o bloco como fator de pura diversão ou até como meio de buscar os efeitos medicinais da lama do Jabaquara. Rica em iodo e enxofre, ela é pura, composta de pó de pedra depositado muitos anos no leito do mar, chegando a dois metros de profundidade em alguns pontos do final da praia. Na parte de cima ela apresenta marerial natural em decomposição, por isso o seu odor característico. Com isso, enxergamos o potencial do bloco de aumentar a sua ação com a inserção no cenário nacional e até mesmo internacional como referência no convívio harmônico do meio-ambiente preservado e o aspecto econômico. Abraçando sustentabilidade, turismo e cultura.

 

Durante o percurso que atravessa Morro do Forte, o bloco faz evoluções, coreografias e representações teatrais, que misturando o amadorismo do coletivo e o talento intuitivo de alguns participantes, oferece ao público um espetáculo único. ''Um bloco formado por seres quase pré-históricos sai pelas ruas de pedra levando alegria e espantando os maus fluídos durante o carnaval''. Quando não houver um espírito negativo sequer rondando a cidade, o bloco se despede com a última evolução em frente à Igreja da Matriz, de onde os participantes seguem para um banho de água doce no Rio Perequeaçú, ou de água salgada na praia do Pontal.

 

 Alguns turistas vêm à cidade há vários anos especialmente para aproveitar os feitiços que o bloco exerce nas pessoas. Também é grande o número de visitantes estrangeiros que fazem questão de conhecer e desfilar no bloco no carnaval ou fora dele visitando o local onde os componentes se enlameiam. O bloco da lama sai sempre no sábado de carnaval às 17:00 h, da praia do Jabaquara. ''Num sábado de carnaval a quase duas décadas, alguns amigos brincavam de lama no mangue. Surgia ali um dos bloco mais bizarros''.

PROTEJA O MEIO AMBIENTE

Importante trazermos a ideia de que o bloco cumpre um importante papel na formação da consciência ecológica dos participantes, trazida pelos organizadores Congá, Marcelo e Niltinho. Assim, temos o bloco como fator de pura diversão ou até como meio de buscar os efeitos medicinais da lama do Jabaquara. Rica em iodo e enxofre, ela é pura, composta de pó de pedra depositado muitos anos no leito do mar, chegando a dois metros de profundidade em alguns pontos do final da praia. Na parte de cima ela apresenta marerial natural em decomposição, por isso o seu odor característico. Com isso, enxergamos o potencial do bloco de aumentar a sua ação com a inserção no cenário nacional e até mesmo internacional como referência no convívio harmônico do meio-ambiente preservado e o aspecto econômico. Abraçando sustentabilidade, turismo e cultura.

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